as crianças iraquianas transformaram-se em alvos deliberados no conflito no Iraque. Há mais de cinco milhões de menores a precisar de assistência humanitária, segundo as Nações Unidas
as crianças iraquianas transformaram-se em alvos deliberados no conflito no Iraque. Há mais de cinco milhões de menores a precisar de assistência humanitária, segundo as Nações Unidas O mais recente relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) sobre a violência no Iraque faz um retrato negro da situação, sobretudo para as crianças. Há mais de cinco milhões de menores a necessitar de ajuda urgente, num cenário de violência sem fim e de pobreza crescente. Peter Hawkins, representante da agência no Iraque, fala em muitos menores mortos, feridos, sequestrados e forçados a atirar e matar numa das guerras mais brutais da história recente. Só nos últimos dois meses, pelo menos 23 crianças foram assassinadas e 123 ficaram feridas na zona oeste de Mossul. Muitas foram mortas deliberadamente para punir as famílias e evitar que fugissem da cidade. No relatório, a UNICEF refere que, desde 2014, foram mortas no Iraque 1. 074 crianças e 1. 130 ficaram mutiladas e feridas. Mais de 4,6 mil menores foram separados das suas famílias. Registaram-se 138 ataques a escolas e 58 ações contra hospitais. Mais de três milhões de crianças não vão à escola de forma regular e 1,2 milhão estão fora das salas de aula. Sem perspetivas de um final para a violência, a agência apela para que todos os menores afetados pela crise, não importa onde estejam, tenham acesso à assistência humanitária e serviços básicos. E pede liberdade de movimentos para todas as famílias que queiram fugir em busca de segurança ou retornar a suas casas.