Desde que entrou em vigor a lei que proí­be o tráfico de migrantes já foram detidas cerca de 100 pessoas. Os comerciantes de agadez queixam-se de uma quebra generalizada no negócio
Desde que entrou em vigor a lei que proí­be o tráfico de migrantes já foram detidas cerca de 100 pessoas. Os comerciantes de agadez queixam-se de uma quebra generalizada no negócio a lei que proíbe o tráfico ilegal de migrantes no Níger, aprovada em 2015 e aplicada a partir de agosto do ano passado, está a dar resultados positivos no combate ao tráfico de seres humanos e a deixar os comerciantes descontentes, por causa da quebra no negócio que era gerado pelos migrantes que circulavam, sobretudo na cidade de agadez. antes ganhava bem a vida. Pagava o meu aluguer com os migrantes e os intermediários. Podia manter a minha mulher e ajudava a família. Hoje em dia, nada funciona. antes, podia ganhar entre 45 a 60 euros por dia. agora, posso passar uma semana sem ganhar nada, admite achama akomili, ajudante intermediário, criticando a criminalização da sua atividade. Usaf Halidu, vendedor no mercado, também se mostra descontente com a nova lei. Já não vendo nada, o negócio está parado, afirma o comerciante, que disponibilizava uma série de produtos que podiam ser úteis aos migrantes. O mesmo se passa nos bancos e nas empresas de transferências monetárias, que chegavam a atender 300 migrantes por dia e hoje estão praticamente sem clientes. Para o ministro do Interior, Mohamed Bazum, as queixas podem ter fundamento, mas não irão desviar o governo do combate ao tráfico ilegal de pessoas. Tendo em conta a dimensão do tráfico de migrantes irregulares, desenvolveu-se uma economia que fazia viver muitas pessoas. Mas temos que lutar contra todo o tipo de tráfico [migrantes, armas e droga], já que está tudo interligado.