Governo etíope admite que até ao final do mês vai acabar a alimentação para 1,7 milhões de pessoas e apela à solidariedade da comunidade internacional para evitar o agravamento da crise alimentar
Governo etíope admite que até ao final do mês vai acabar a alimentação para 1,7 milhões de pessoas e apela à solidariedade da comunidade internacional para evitar o agravamento da crise alimentar O Programa alimentar Mundial (PaM) tinha estimado que até ao final do mês de junho quase oito milhões de etíopes iam ficar sem ajuda alimentar, mas o governo já veio negar estes números, admitindo, no entanto, que a falta de alimentação poderá afetar 1,7 milhões de habitantes. É certo que em algumas zonas a comida vai acabar em finais de junho, mas só afetará cerca de 1,7 milhões de pessoas, assegurou o comissário para a Gestão de Desastres, Mitiku Kassa, apelando à solidariedade da comunidade internacional. Esperamos que os doadores deem um passo em frente para tapar este buraco, mas se não o fizerem, teremos que usar parte do nosso investimento para o desenvolvimento na ajuda de emergência ao nosso povo, sublinhou o responsável. a situação é considera crítica, com a agravante que pode existir uma certa fatiga do doador, pois a acumulação de pedidos de ajuda não só para a Etiópia, mas também para a Nigéria, Sudão do Sul, Iémen e Somália, pode transformar a situação na pior crise conjunta desde 1945. É evidente que há fadiga. Há demasiadas crises, afirmou o enviado humanitário do secretário-geral das Nações Unidas, ahmed al Meraikhi, ao mesmo tempo que o governo etíope já reconheceu estar a enfrentar dificuldades para manter as suas reservas nacionais de ajuda para combater uma crise que está quase a cumprir dois anos.