Migrações provocadas pelas consequências da degradação do meio ambiente aumentam o risco de exploração laboral, pois ao deslocarem-se, as crianças não podem ir à escola e os pais preferem que vão trabalhar para ajudar a família
Migrações provocadas pelas consequências da degradação do meio ambiente aumentam o risco de exploração laboral, pois ao deslocarem-se, as crianças não podem ir à escola e os pais preferem que vão trabalhar para ajudar a famíliaas deslocações forçadas pelas mudanças climatéricas aumentam o risco de exposição das crianças à exploração laboral, já que os menores acabam num local onde não estão registados e sem acesso à escola, o que incentiva os pais a encaminhá-los para o mercado de trabalho para poderem assegurar as necessidades básicas da família. Segundo um estudo da Fundação Terra do Homem, publicado esta segunda-feira, 12 de junho, Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, embora alguns dos menores migrantes estudem e trabalhem ao mesmo tempo, a maioria carece de oportunidades educativas reais ou não consegue conciliar o trabalho com a escola, o que leva ao abandono do estudos. ao deixarem a escola, as crianças ficam expostas à exploração infantil, à inalação de substâncias tóxicas ou a condições de trabalho intoleráveis, que acabam por afetar o seu sistema nervoso central, imunitário e digestivo. Neste sentido, os investigadores alertam que a situação das pessoas migrantes devido às alterações climatéricas deve ser tida em conta nas políticas nacionais e internacionais, para que os meninos e meninas tenham acesso a uma educação de qualidade que lhes ofereça uma melhor perspetiva de futuro. as agências das Nações Unidas estimam que cerca de 168 milhões de crianças trabalham em todo o mundo, sendo que mais de metade está envolvida em trabalhos perigosos que colocam a sua vida em risco.