Estudo elaborado pela Companhia de Jesus na área das migrações e refugiados concluiu que os Centros de Internamento para Estrangeiros em Espanha não cumprem a sua missão
Estudo elaborado pela Companhia de Jesus na área das migrações e refugiados concluiu que os Centros de Internamento para Estrangeiros em Espanha não cumprem a sua missão Sinistros, desproporcionados e custosos. É assim que o Serviço Jesuíta aos Migrantes e Refugiados classifica os Centros de Internamento para Estrangeiros (CIE), em Espanha, num relatório onde conclui que estas infraestruturas não cumprem a função para a qual foram criadas: servir como medida cautelar, antes de uma possível expulsão. Para a elaboração deste estudo, além dos dados recolhidos de fontes oficiais e decisões judiciais, os investigadores efetuaram mais de 1. 700 visitas, a 658 pessoas, nos CIE de Madrid, Barcelona, Valência e Tarifa. as informações disponibilizadas dão conta que em 2016 pelo menos 7. 597 pessoas foram internadas nos CIE espanhóis, a grande maioria chegada por via marítima. Destas, 2. 205 receberam ordem de expulsão. Estas taxas expressam a forma gratuita com que se inflige o sofrimento a duas de cada três pessoas internadas, ou, se preferirmos, a desproporção de uma medida cautelar tão custosa em termos económicos e humanos, referem os autores do relatório. Os investigadores denunciam ainda que os CIE constituem uma fonte de rendimentos para as empresas a quem são contratados os fornecimentos de bens e serviços, como fretar voos, vestuário, artigos higiénicos, produtos alimentares ou assistência sanitária.