Com o início de 2006, são grandes e muitas as expectativas relativas às relaçí²es entre as duas Coreias. Gaesong na Coreia do Norte está a tornar-se um símbolo do reeencontro.
Com o início de 2006, são grandes e muitas as expectativas relativas às relaçí²es entre as duas Coreias. Gaesong na Coreia do Norte está a tornar-se um símbolo do reeencontro. após a iniciativa da Hyunday em estabelecer em 1998 uma estância turí­stica na zona montanhosa de Keumgang, que permanece até hoje a única forma dos coreanos do Sul entrarem no Norte, a pequena localidade de Gaesong está a tornar-se cada vez uma cidade empresarial. Bem ao estilo capitalista.
Gaesong fica a cerca de uma hora da capital sul-coreana, Seúl. é povoada de casas tradicionais a desmoronar-se, escolas e condomí­nios abandonados. à volta, as serras encontram-se completamente despidas, pois o frio obriga as pessoas a socorrerem-se anualmente da lenha para se aquecerem. Cerca de 400 jornalistas políticos e empregados sul-coreanos da empresa KT (Korea Telecom) visitaram esta cidade na última semana de 2005, para participarem na cerimónia de inauguração de 300 linhas telefónicas entre Seúl e Gaesong, pela primeira vez em 60 anos.
a Coreia do Norte, o país mais comunista e isolado do mundo, proí­be os estrangeiros de passearem livremente e de falarem com as pessoas. Entre os coreanos comuns a norte e sul da fronteira, não existe qualquer tipo de comunicação possível, apesar dos encontros entre famílias separadas há mais de 50 anos se realizarem todos os anos desde 2000, aquando do histórico encontro entre o líder norte-coreano, Kim Jong Il, e o então presidente sul-coreano, Kim Dae Jung.
Gaesong está a tornar-se um foco de desmistificação das diferenças entre as duas Coreias. Todos os dias, cerca de 6. 000 norte-coreanos trabalham com 600 colegas do Sul no complexo industrial da cidade, que foi inaugurado em Dezembro de 2003. São 15 as companhias sul-coreanas que têm filiais em Gaesong, mas o Ministério da Unificação planeia atrair mais de 300 até ao fim deste ano. Nos próximos três anos, prevê-se que cerca de 1000 empresas possam lá instalar-se, incluindo empresas estrangeiras.
Dado que as duas Coreias estão ainda tecnicamente em guerra (no fim da guerra de 1950, em 1953 foi assinado somente um armistí­cio e não um tratado de paz), ambas esperam o estabelecimento de uma paz duradoura na pení­nsula. Porém, há ainda muita estrada a percorrer no que se refere às relações de mútua confiança entre os dois países, as quais se encontram actualmente estagnadas.