Número avançado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância pode ser apenas «a ponta do iceberg», tendo em conta as dificuldades na recolha deste tipo de dados e a falta de registos em muitos países
Número avançado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância pode ser apenas «a ponta do iceberg», tendo em conta as dificuldades na recolha deste tipo de dados e a falta de registos em muitos países Um relatório divulgado esta quinta-feira, 1 de junho, Dia Mundial da Criança, revela que pelo menos 2,7 milhões de menores vivem em instituições de acolhimento em todo o mundo, mas este número pode estar muito longe da realidade, já que muitos países não têm registos fiáveis nesta área. Segundo o documento, elaborado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a Europa tem as maiores taxas de crianças institucionalizadas, com 666 em cada 100 menores (cinco vezes superior à média mundial) a viveram em centros de acolhimento.com o acolhimento em orfanatos ou outras instituições, as crianças que já são vulneráveis devido à separação familiar correm maior risco de sofrer violência, abusos ou danos no seu desenvolvimento cognitivo, social e emocional, a longo prazo, sublinhou o responsável pela Proteção Infantil da UNICEF, Cornelius Williams. a UNICEF exorta os governos a reduzir o número de crianças em instituições, através da prevenção da separação familiar sempre que seja possível, e a criarem casas com ambiente familiar, como locais de acolhimento. ao mesmo tempo, pede um maior esforço no registo oficial dos menores que vivem em instituições. É fundamental que os governos tenham dados exatos e completos de todas as instituições de acolhimento, e que façam o controlo regular das crianças que aí vivem, para fortalecer os registos oficiais. assim seremos capazes de avaliar o alcance do problema e trabalhar em conjunto para uma resposta mais eficaz, afirmou, por sua vez, Claudia Cappa, especialista em estatística e coautora do relatório.