é possível manter o equilí­brio entre a segurança dos países e o direito à mobilidade, segundo o diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações, que encara os refugiados como uma oportunidade
é possível manter o equilí­brio entre a segurança dos países e o direito à mobilidade, segundo o diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações, que encara os refugiados como uma oportunidadeO diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações (OIM), William Lacy Swing, afirmou esta quarta-feira, 31 de maio, em Lisboa, que a segurança dos países não tem de sobrepor-se à segurança das pessoas ou ao seu direito a movimentarem-se e migrarem para outros países, apontando os fluxos de migrantes e os refugiados como uma oportunidade. É preciso equilibrar a segurança nacional com a segurança das pessoas e olharmos para a forma como os seis vizinhos da Líbia, em 2011, e os quatro vizinhos da Síria, ao longo dos últimos sete anos, fizeram a gestão de fronteiras, à sua custa e das suas economias, permitindo que as pessoas fugissem dos conflitos e entrassem nos seus países, afirmou o responsável à agência Lusa, no âmbito das Conferências do Estoril. Para Swing, os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) estão a envelhecer e não há o necessário número de nascimentos, o que vai corresponder a um cada vez menor valor de impostos pagos e um cada vez maior número de empregos por preencher. Neste sentido, defendeu a necessidade de preparar a população para um mundo maismulti-étnico, maismulti-cultural,multirreligiosoe multilingue. De acordo com o líder da OIM, a questão dos migrantes e dos refugiados tanto tem a ver com os problemas nos países de origem, que estão em conflito e onde há falta de oportunidades, como tem a ver com a forma como os países, sobretudo os europeus, se recusam a recebê-los e a integrá-los nas suas sociedades. as políticas de migrações estão genericamente ultrapassadas e olham para a migração de uma forma estática e não em termos de mobilidade humana. Num mundo em globalização, temos a livre circulação de dinheiro, serviços e bens, mas não temos a livre circulação de pessoas que fazem isso tudo acontecer, criticou.