População continua a tentar escapar dos combates na zona oeste da cidade. famílias esperam pela noite para evitar as altas temperaturas e arriscam abandonar as suas casas, mesma sabendo que podem ser alvo dos atiradores
População continua a tentar escapar dos combates na zona oeste da cidade. famílias esperam pela noite para evitar as altas temperaturas e arriscam abandonar as suas casas, mesma sabendo que podem ser alvo dos atiradoresUma média de 10 mil pessoas está a fugir diariamente da zona oeste de Mossul, no Iraque, e a procurar refúgio nos acampamentos de Hamam al-alil, segundo informações da Organização Internacional para as Migrações (OIM).com as temperaturas elevadas durante o dia, a maioria das pessoas opta por fazer a viagem à noite, caminhando várias horas até encontrar os postos de controle militar. Segundo dados do governo iraquiano, mais de 742 mil pessoas abandonaram Mossul e zonas limítrofes, desde que começou a ofensiva militar para tentar recuperar o controlo da cidade, nas mãos do movimento extremista Estado Islâmico (EI). atualmente, mais de 500 mil destas pessoas continuam deslocadas. Quando chegam a terreno considerado seguro, as famílias relatam cenários de horror vividos às mãos dos elementos do EI. além da falta de alimentação, medicamentos, água e eletricidade, temiam ser mortas quando tentavam fugir. Ficámos sem comida e deixaram-nos apenas trigo moído e com as cascas do trigo que havíamos guardado anteriormente, contou um dos deslocados aos técnicos da OIM. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) estima que cerca de 85 mil crianças estejam isoladas por causa da ofensiva para retomar Mossul e alertam que as provisões de água nos acampamentos estão a chegar aos limites. Mas apesar de todas as adversidades, do medo e da fome, para os que chegam a Hamam al-alil é como voltar a nascer.