Mais de duas dezenas de organizações associaram-se à jornada internacional de solidariedade com os presos palestinianos, que se encontram em greve de fome nas prisões de Israel
Mais de duas dezenas de organizações associaram-se à jornada internacional de solidariedade com os presos palestinianos, que se encontram em greve de fome nas prisões de Israel Numa tomada de posição conjunta, 25 organizações portuguesas, associaram-se esta semana à jornada internacional de solidariedade para com os palestinianos em greve de fome nas cadeias de Israel, e desafiaram as autoridades nacionais a desenvolverem todos os esforços no sentido de deter a repressão deste movimento de protesto dos presos palestinianos e de ver atendidas as suas justas reclamações. Cerca de 1. 500 palestinianos detidos por resistirem à ocupação e à repressão, iniciaram uma greve de fome em meados de abril, e muitos começam já a dar sinais de fragilidade, pelo que os responsáveis pelas organizações portuguesas consideram que a solução mais justa para a questão palestiniana será a libertação destes reclusos. Os presos em greve da fome, de todas as tendências políticas, reivindicam direitos básicos como o direito de telefonar às suas famílias, visitas familiares, o acesso ao ensino superior à distância, cuidados médicos e tratamento adequados e o fim dos regimes de isolamento e de detenção sem acusação nem julgamento, sublinham as organizações em comunicado. No documento, é ainda referido que as reclamações dos grevistas têm tido como única resposta a repressão das autoridades israelitas: incursões frequentes no final da noite, transferências abusivas de prisão para prisão, isolamento, negação de visitas de advogados e familiares e confisco de pertences pessoais, incluindo sal (durante o seu protesto os grevistas da fome consomem apenas água e sal). Entre as organizações que subscrevem o comunicado está a associação Portuguesa de Juristas Democratas, Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses, Conselho Português para a Paz e Cooperação, Movimento Democrático de Mulheres ou a União dos Sindicatos de Lisboa.