Senado brasileiro aprova medidas para retirar quase 600 mil hectares do Parque Nacional e da Floresta Nacional do Jamanxim, deixando esta área à disposição dos madeireiros e garimpeiros
Senado brasileiro aprova medidas para retirar quase 600 mil hectares do Parque Nacional e da Floresta Nacional do Jamanxim, deixando esta área à disposição dos madeireiros e garimpeiros apesar da crise política que alastra no Brasil, o Senado aprovou esta semana duas medidas que colocam à disposição de grileiros [pessoas que falsificam documentos para se apoderar das terras], madeireiros ilegais e garimpeiros 598 mil hectares de floresta, que estavam integrados em Unidades de Conservação, no sul do estado do Pará, denuncia o Instituto Socioambiental (ISa). as normas retiram parcelas de terreno do Parque Nacional e da Floresta Nacional do Jamanxim, transformando-as em Área de Proteção ambiental, ou seja, com menor grau de proteção, o que permite a compra e venda de terrenos privados, o corte raso da vegetação, e o exercício de atividades de pecuária e mineração. O cenário vai ser de aumento do desmatamento e da invasão de áreas públicas, lamenta Ciro Campos, assessor do ISa, sublinhando que a área abrangida pela decisão do Senado apresenta um dos maiores índices de desflorestação da amazónia. Já Maurício Guetta, advogado do ISa, considera que a redução das Unidades de Conservação preconizada pelas medidas aprovadas é absolutamente inconstitucional e um ato que coloca em risco o futuro de toda a floresta amazónica.