O Egipto planeia expulsar 650 sudaneses, disse uma porta-voz do governo na terça-feira, apesar de ter sido assegurado à agência das Nações Unidas para os refugiados que isso não ia acontecer.
O Egipto planeia expulsar 650 sudaneses, disse uma porta-voz do governo na terça-feira, apesar de ter sido assegurado à agência das Nações Unidas para os refugiados que isso não ia acontecer. a porta-voz do ministério dos negócios estrangeiros, Fatma el-Zahraa Etman, disse que os sudaneses seriam repatriados já na quinta-feira. “Há 645 sudaneses que vão ser repatriados para o Sudão. São imigrantes ilegais. Por que razão repatriarí­amos refugiados? Se estes tivessem desrespeitado a lei do país de acolhimento”, disse.
Numa declaração do ministério dos negócios estrangeiros foi dito que serão deportados para o Sudão uns 650 sudaneses, que estavam no país ilegalmente, não como refugiados. O anúncio vem poucos dias depois da polícia se ter confrontado com os imigrantes, pelo menos 27 deles perderam a vida.
a agência das Nações Unidas para os refugiados tinha anteriormente assegurado que as autoridades egí­pcias não iam deportar sudaneses que procurassem asilo. a porta-voz do alto comissariados para os refugiados das Nações Unidas, astrid van Genderen Stort, disse que o ministério dos negócios estrangeiros não informou a organização das deportações. “O nosso representante, no princípio da tarde, com o ministro dos negócios estrangeiros e nada foi mencionado”, disse Stort. “Em geral, um refugiado tem os mesmos direitos e obrigações que qualquer outro cidadão e as pessoas que desrespeitam a lei, têm o direito ao processo judicial adequado”, acrescentou.