Francisco canoniza este sábado, em Fátima, os beatos Francisco e Jacinta Marto. Estas serão as duas primeiras crianças não mártires a ser elevadas à categoria de santos
Francisco canoniza este sábado, em Fátima, os beatos Francisco e Jacinta Marto. Estas serão as duas primeiras crianças não mártires a ser elevadas à categoria de santosÉ com as vestes de pastor universal, símbolo de simplicidade e proximidade, que o papa Francisco se vai apresentar hoje no altar do Santuário de Fátima, para celebrar a Eucaristia comemorativa do Centenário das aparições e declarar santos os dois videntes da Cova da Iria: Francisco e Jacinta Marto. À sua frente, terá uma assembleiamuti-colorida, representativa de todos os continentes, unida na fé e na devoção. a celebração, aguardada comexpectativapela pertinência e força das mensagens que o pontífice costuma deixar nos países que visita, será iniciada com o rito de canonização. O papa paramenta-se na Basílica da Santíssima Trindade, desce ao renovado presbitério – decorado com as cores do Vaticano – e após o canto de introdução, ouvirá o bispo deLeiria-Fátima, D. antónio Marto, e a postuladora da causa da canonização, irmã ângela Coelho, pedirem-lhe que inscreva os beatos no catálogo dos santos, para que sejam invocados por todos os cristãos. O Santo Padre fará então uma pequena oração, serão invocados os santos, e só depois os dois pastorinhos são declarados os mais jovens santos não mártires da Igreja Católica. Nesta altura, e enquanto são incensadas as relíquias de Francisco e Jacinta – junto à Imagem de Nossa Senhora de Fátima-,é esperada a primeira grande explosão de alegria no recinto. Outro dos momentos altos será a homilia. Francisco considera extremamente importante esta parte da liturgia e não se tem poupado em aconselhar os padres e bispos, para que se preocupem menos em citar o Evangelho e mais em falar ao coração dos fiéis. Já sabe que o pontífice vem como mensageiro da esperança e da paz, mas espera-se que aborde também a questão dos refugiados, dos marginalizados que vivem nas periferias da sociedade e da relação dos jovens com a Igreja. Neste último ponto, poderá haver uma menção especial, tendo em conta o puxão de orelhas’ que deu aos bispos portugueses, em finais de 2015, quando os alertou para a debandada dos jovens da Igreja registada em Portugal. a celebração contará ainda com a habitual oração universal, proferida em seis idiomas, entre eles o polaco e o árabe. Depois da comunhão, que será distribuída a partir de mais de 400 pontos estrategicamente distribuídos pelo santuário, o papa dirige-se à colunata norte, exibindo o Santíssimo Sacramento, e fará a bênção dos doentes. No final da missa, o bispo deLeiria-Fátimadeverá dirigir as habituais de despedida aos peregrinos, sendo de esperar um caloroso agradecimento ao Santo Padre e uma ruidosa salva de palmas.