Desde Penafiel até Fátima a mesa para as refeições foi colocada quatro vezes ao dia. Foram necessárias «três carrinhas» para transportar a logí­stica até à Cova da Iria
Desde Penafiel até Fátima a mesa para as refeições foi colocada quatro vezes ao dia. Foram necessárias «três carrinhas» para transportar a logí­stica até à Cova da IriaDepois de quase três décadas a cozinhar para doentes e funcionários num hospital português, Manuel Cruz, de 71 anos, cozinha agora para peregrinos. Durante quatro dias confecionou as refeições de 15 pessoas que se deslocaram a pé desde Penafiel até à Cova da Iria. Já em Fátima, a preparação das refeições continua.

Nas proximidades do santuário, a mesa está posta com lugares sentados. Sobre a mesa, a toalha, os pratos e canecas de loiça, talheres, sumos, o bom vinho e as azeitonas. É assim agora e foi assim ao longo do percurso até à Cova da Iria. Durante a peregrinação, a mesa era colocada quatro vezes ao dia para o almoço, jantar e os lanches, explicou o cozinheiro, agora aposentado.

Quando os peregrinos chegavam ao local previamente combinado o comer já estava pronto. Os alimentos para as refeições foram-se comprando durante o caminho. Todos os dias se comprava pão, por exemplo. Às vezes várias vezes ao dia, indicou.

Manuel tem confecionado massa à lavrador, feijoada à transmontana, pica-pau, cozido à portuguesa, febras com arroz de feijão e salada russa. Junto às tendas têm as arcas congeladoras e o esferovite para conservar os alimentos.

Da logística, transportada em três carrinhas, faz ainda parte a botija de gás e o fogão. Esta sexta-feira, 12 de maio, o jantar será mais cedo que o habitual e vai ser uma sopinha rápida para ir ver o Papa. Clotilde Rocha, de 55 anos, é um dos elementos que integra o grupo e compara o local onde fazem as refeições à mesa dos apóstolos.