Organizações ligadas ao projeto Comércio Justo lançam campanha a convidar a população a insurgir-se contra as desigualdades que existem no mundo e a celebrar o facto de existir uma alternativa para mudar essa realidade
Organizações ligadas ao projeto Comércio Justo lançam campanha a convidar a população a insurgir-se contra as desigualdades que existem no mundo e a celebrar o facto de existir uma alternativa para mudar essa realidade Somos rebeldes com causa. Somos Comércio Justo e tu?. Este é o nome da campanha lançada por várias organizações ligadas ao movimento, convidando a população mundial a celebrar o Dia Mundial do Comércio Justo, no próximo dia 13 de maio, numa jornada reivindicativa e festiva. Queremos que seja um dia para contestar as desigualdades atuais, mas também para celebrar que existe uma alternativa possível para mudar essa realidade, explica Mercedes Vinuesa, uma das responsáveis pela iniciativa. apesar da diminuição dos índices de pobreza, Vinuesa recorda que 836 milhões de pessoas continuam sem ter satisfeitas as suas necessidades básicas e as desigualdades são cada vez maiores. Quase 80 por cento da população só possui seis por cento da riqueza mundial, enquanto que um por cento é detentor de metade da riqueza global. O movimento de comércio justo leva 60 anos de atividade e tem demonstrado que outro modelo económico é possível, ao gerar desenvolvimento económico nas comunidades mais pobres, sendo socialmente justo e ambientalmente sustentável. Neste sentido, Vinuesa pede à população que conteste as injustiças, mas que não o faça a partir do sofá. Um mundo mais justo necessita de novas formas de consumir e produzir e há que transmitir a cada cidadão que o consumir não é apenas um ato económico, mas também político, porque quando se escolhe onde se compra e o que se compra, está a decidir-se que tipo de sociedade queremos, acrescenta Marco Godillo, da organização.