Pintora procurou retratar Francisco e Jacinta Marto por forma a deixar implí­cito o modo como os dois irmãos se relacionaram com Deus, através de algumas expressões peculiares da sua santidade
Pintora procurou retratar Francisco e Jacinta Marto por forma a deixar implí­cito o modo como os dois irmãos se relacionaram com Deus, através de algumas expressões peculiares da sua santidade as pinturas que vão servir de base às telas gigantes com a imagem dos santos Francisco e Jacinta Marto, que nos próximos dias irão ser colocadas na fachada da Basílica de Nossa Senhora do Rosário, no Santuário de Fátima, foram apresentadas publicamente esta segunda-feira, 8 de maio. Serão estas imagens, que a partir de 13 de maio, após a cerimónia da canonização, presidida pelo Papa Francisco, servirão de base à veneração dos fiéis. Segundo a postuladora da causa da canonização dos dois videntes, irmã ângela Coelho, a base das pinturas foi a fotografia tirada em aljustrel dias antes do 13 de outubro de 1917, para que os retratos não se afastassem da efígie que o povo de Deus reconhece como identificadora dos dois novos santos. Porém, as vestes, que as fotografias tinham fixado a preto e branco, ganharam cor a partir de uma pesquisa etnográfica que Sílvia Patrício, autora da obra, levou a cabo. Os atributos mais claros destes santos são o terço que envergam na mão e a candeia que é tomada a partir de uma candeia histórica que pertencera à família dos videntes, ao tempo das aparições. Este objeto torna-se, sobretudo, expressão da frase que João Paulo II proferiu no dia da beatificação, ao referir-se a estas figuras da Igreja como “candeias que Deus acendeu”, explicou ângela Coelho. Cada imagem tem associada uma auréola, um elemento que plasticamente é usado na tradição iconográfica da Igreja para significar a ideia de santidade, e que a pintora usou, para representar – à maneira de peça de ourivesaria – vários símbolos que descrevem a relação dos dois novos santos com a sua própria história. Quis, sobretudo, que o olhar deles comunicasse algo às pessoas, afirmou, por sua vez, a artista, residente em Leiria, adiantando que depois da pesquisa efetuada à vida dos dois pastorinhos, ficou com uma imagem de sofrimento e de muito trabalho por uma causa. as telas a colocar na fachada da basílica terão 11 metros de altura, por três de largura, e foram pensadas, em termos de escala, para destacar a imagem dos novos santos, sem ofuscar a Nossa Senhora de Fátima, que é o centro de das atenções no recinto de oração da Cova da Iria, referiu o reitor do santuário, padre Carlos Cabecinhas.