Os assaltos a hospitais e centros de saúde estão a causar ainda mais dificuldades no acesso da população à assistência médica, num país onde mais de metade dos habitantes carece de cuidados básicos de saúde
Os assaltos a hospitais e centros de saúde estão a causar ainda mais dificuldades no acesso da população à assistência médica, num país onde mais de metade dos habitantes carece de cuidados básicos de saúdeas ameaças, assaltos e bombardeamentos a hospitais e centros de saúde do Iémen estão a afetar milhões de pessoas, sobretudo as crianças, que veem cada vez mais difícil o acesso a assistência médica. Segundo o Comité Internacional da Cruz Vermelha, nos últimos dois anos, houve pelo menos 160 ataques, e diversos casos de bloqueio ao fornecimento de medicamentos. Dados da agência das Nações Unidas para os assuntos humanitários (OCHa, na sigla em inglês) estimam que mais de metade da população, incluindo 8,1 milhões de crianças, não têm acesso a assistência médica, o que representa um aumento de mais de 70 por cento em relação ao início do conflito, em março de 2015. Em finais do ano passado, havia apenas uma cama de hospital para cada 1. 600 pessoas e metade das infraestruturas de saúde não funcionavam. Os programas de vacinação foram interrompidos, fazendo aumentar os riscos de doenças evitáveis como a poliomielite e o sarampo. E a cada 10 minutos morre uma criança por doenças que podiam ser prevenidas.