Relatório entregue ao Conselho de Segurança das Nações Unidas pelo secretário-geral da organização, antónio Guterres, documenta a prática deste tipo de crime em pelo menos 19 nações
Relatório entregue ao Conselho de Segurança das Nações Unidas pelo secretário-geral da organização, antónio Guterres, documenta a prática deste tipo de crime em pelo menos 19 nações a violência sexual em zonas de conflito continua a ser usada como tática de guerra pelo menos em 19 países, segundo um relatório preparado pelo secretário-geral das Nações Unidas, antónio Guterres, e entregue ao Conselho de Segurança da organização. No documento são referidos alguns casos de trabalhadores da ONU envolvidos em graves atos de exploração e abusos sexuais, uma situação que o ex-primeiro-ministro português quer prevenir e combater. Segundo Guterres, a maioria dos casos de abusos em cenários de conflito são atribuídos aos chamados atores não governamentais, sendo sete deles classificados como grupos terroristas como é o caso do Estado Islâmico e da al-Qaeda. Neste sentido, o líder da ONU apela a que cada Estado-membro se junte a ele na tarefa de detetar, controlar e evitar estes crimes, para que a regra da tolerância zero se possa tornar uma realidade. O secretário-geral considera, aliás, que com um programa de assistência específico, os governos podem julgar de forma eficaz estes crimes, como ficou provado recentemente na Guiné Conacri, em que uma equipa de especialistas da ONU apoiou as investigações às suspeitas de violações em massa, e ajudou a que fossem indiciados 17 militares de alta patente e políticos, entre eles o ex-Presidente do país, Moussa Camara.