Se não houver um aumento no financiamento das operações humanitárias nos países mais afetados pela seca e pela fome, os trabalhadores humanitários vão ter que começar a escolher quem podem salvar
Se não houver um aumento no financiamento das operações humanitárias nos países mais afetados pela seca e pela fome, os trabalhadores humanitários vão ter que começar a escolher quem podem salvarParece um decisão cruel, mas será a única alternativa que resta aos trabalhadores humanitários, caso continuem a lidar com falta de verbas para responder à situação de emergência que se vive no Iémen, Sudão do Sul, Nigéria e Somália. Vamos ter que tomar decisões de vida ou morte, como escolher quem recebe comida, alertou esta semana o presidente do Programa alimentar Mundial, David Beasley. Não é uma decisão que tenhamos intenção de tomar mas é a realidade, dada a gravidade da situação, afirmou o responsável na sede da Organização das Nações Unidas para a alimentação e agricultura (FaO), onde lançou mais um apelo urgente aos doadores internacionais, para que aumentem o financiamento às operações humanitárias nos países afetados. Mais de 30 milhões de pessoas estão a necessitar de ajuda urgente e, até agora, as agências da ONU contam apenas com verbas para ajudar 8,4 milhões. Se não agimos urgentemente nas próximas semanas, teremos que enfrentar a mesma situação de fome na Somália e em muitas outras regiões, avisou, por sua vez, o diretor-geral da FaO, José Graziano da Silva.