Nota pastoral emitida pela Conferência Episcopal Portuguesa sublinha que não pode haver resignação em relação ao flagelo dos fogos florestais e pede às comunidades cristãs que se envolvam nas ações de prevenção
Nota pastoral emitida pela Conferência Episcopal Portuguesa sublinha que não pode haver resignação em relação ao flagelo dos fogos florestais e pede às comunidades cristãs que se envolvam nas ações de prevenção as medidas de prevenção de incêndios, em particular a limpeza das matas e o ordenamento territorial, têm que ser respeitadas e seguidas, e o Estado deve ser o primeiro a dar o exemplo nesta matéria, defendem os bispos portugueses, na nota pastoral divulgada esta quinta-feira, 27 de abril, no final da assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP). Tendo em conta que na origem de muitos dos incêndios estão comportamentos criminosos, uns intencionais, outros negligentes, os bispos apelam a que se estude em profundidade as causas da dimensão desta prática e que se combatam os interesses que dela possam beneficiar, através de uma estreita colaboração com as autoridades. a ação das entidades políticas e judiciais depende em muito da colaboração dos cidadãos com informações relevantes para provar esses factos. Haja a coragem de as prestar, pode ler-se na nota episcopal. No documento, é referida ainda a necessidade de respeitar, seguir e apoiar as medidas de prevenção, em particular a limpeza das matas e o ordenamento florestal, devendo o Estado ser o primeiro a dar o exemplo, nas propriedades da sua responsabilidade. No caso em que os proprietários não têm capacidade para cumprir as normas, e uma vez que está em causa o bem comum, é sugerida a criação de incentivos para os apoiar. Há que mobilizar toda a sociedade, de forma concertada, a trabalhar na mudança de mentalidade e de hábitos sociais, para melhorar a prevenção e combate aos incêndios, sublinham os bispos, apelando às comunidades cristãs que sejam as primeiras a comprometer-se com esta causa. as comunidades cristãs têm que entrar nisto abertamente e decididamente, afirmou o presidente da CEP, Manuel Clemente, realçando que os párocos podem ter um papel fundamental neste movimento de sensibilização.