No discurso de abertura da assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, o cardeal patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, sublinhou a importância de Fátima no apelo constante à penitência e conversão
No discurso de abertura da assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, o cardeal patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, sublinhou a importância de Fátima no apelo constante à penitência e conversão Foi uma intervenção pouco usual nas sessões de abertura de mais uma assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), mas a proximidade das celebrações do Centenário das aparições e da visita do Papa Francisco à Cova da Iria, nos dias 12 e 13 de maio, justificam o facto docardeal patriarca de Lisboa e presidente da CEP, Manuel Clemente, ter centrado a sua comunicação na importância, atualidade e pertinência da Mensagem de Fátima, esta segunda-feira, 24 de abril. Citando a Carta Pastoral Fátima, sinal de esperança para o nosso tempo, publicada a 8 de dezembro último, Manuel Clemente recordou que a Mensagem de Fátima mostra uma experiência universal e permanente: o confronto entre o bem e o mal que continua no coração de cada pessoa, nas relações sociais, no campo da política e da economia, no interior de cada país e à escala internacional. Para o presidente da CEP, é esse confronto, esse sentido de conversão e de sacrifício em favor dos outros, que realmente atrai tantas pessoas a Fátima. Quem acompanhe e realmente oiça tantas pessoas que passam por Fátima e que aqui vêm em peregrinação, não demorará em concordar com a irmã Lúcia. abriu-se em Fátima uma “porta salvadora”, pela qual, ainda que estreita, se acede à fonte que finalmente sacia. O mais importante de Fátima é o constante caudal de conversões que daqui corre, com inestimável benefício próprio e alheio. Manuel Clemente realça ainda que é precisamente no contexto atual mundial que importa retomar Fátima e a sua mensagem: O cenário mundial é agitado, os problemas globais são muitos e o sentimento de perigo aumentou exponencialmente. Navega-se à vista, na vertigem dos dias, dos ditos e contraditos, entre alvoroços e desistências. a própria comunicação social, ou as redes sociais em crescendo, têm dificuldade em resistir à velocidade que as reduz a apontamentos sobre apontamentos duma realidade que se torna fugidia ou virtual, tornando difícil saber onde realmente estamos, com quem estamos e para onde vamos.