Mais de um milhar de reclusos recusa alimentar-se em protesto pela detenção e pelas alegadas más condições em que se encontram nos estabelecimentos prisionais israelitas
Mais de um milhar de reclusos recusa alimentar-se em protesto pela detenção e pelas alegadas más condições em que se encontram nos estabelecimentos prisionais israelitas a autoridade Palestiniana calcula que cerca de 1. 300 prisioneiros palestinianos, detidos nas cadeias israelitas, iniciaram uma greve de fome esta segunda-feira, 17 de abril, em protesto contra as detenções e contra os alegados abusos dos serviços penitenciários, revelam as agências internacionais. O desafio para este protesto foi lançado por Marwan Barghouthi, líder da segunda Intifada e condenado a prisão perpétua, e está a registar grande adesão por parte dos palestinianos detidos, segundo dados recolhidos pela organização não governamental Clube de Prisioneiros Palestinianos. Neste momento estão detidos mais de 6. 500 palestinianos nas cadeias israelitas, entre eles pelo menos 62 mulheres e mais de 300 menores. Cerca de 500 destes reclusos estão na cadeia ao abrigo de um regime extrajudicial, que permite a detenção sem processo nem acusação. Estão ainda detidos 13 deputados palestinianos, de diferentes partidos. Numa nota enviada aos jornais, Marwan Barghouthi, rival do Presidente da autoridade Palestiniana, Mahmud abas, explicou que esta greve de fome coletiva tem como principal objetivo acabar com os abusos da administração penitenciária israelita.