Organização Mundial de Saúde incentiva as pessoas a falarem sobre este problema que afeta 300 milhões de pessoas em todo o mundo. O número de afetados aumentou 18 por cento em 10 anos
Organização Mundial de Saúde incentiva as pessoas a falarem sobre este problema que afeta 300 milhões de pessoas em todo o mundo. O número de afetados aumentou 18 por cento em 10 anos O medo do estigma leva a que muitas das pessoas com sintomas de depressão evitem procurar tratamento, acabando por sofrer em silêncio e não ter uma vida normal e produtiva. Para minimizar o problema, e aproveitando o Dia Mundial da Saúde, que se celebra esta sexta-feira, 7 de abril, a Organização Mundial de Saúde (OMS) incentiva as pessoas a falarem sobre a doença e pede mais investimento público na área da saúde mental. a depressão é a doença mais democrática que existe, pois afeta pessoas de todas as faixa etárias e extratos sociais, embora os sintomas possam ser diferentes, afirma o psiquiatra José Bertolote, professor da Faculdade de Medicina de Botucatu, em declarações à Rádio ONU. a pessoa que fica só em casa, deitada, a chorar, lamentando, essa é uma apresentação muito mais frequente em mulheres. Em homens, muitas vezes a depressão se manifesta ou por agressividade, comportamento violento e uso de álcool e drogas. Em adolescentes, podemos ter diversos tipos de comportamento, tipo impulsivo, comportamento que não respeita limites e isso pode ser a expressão de uma depressão, explica o especialista. Segundo Bertolote, a depressão é comum em pessoas com quadros prolongados de transtornos de ansiedade. Já os pacientes que sofrem de síndrome do pânico podem desenvolver a depressão. O especialista adianta ainda que se o estado de tristeza for mais intenso do que se espera ou se durar mais de um mês, pode ser sinal de depressão, pelo que, na dúvida, o melhor é sempre pedir uma avaliação profissional. a doença afeta neste momento 300 milhões de pessoas em todo o mundo o que leva a OMS a recordar a importância de mais investimento público nos problemas de saúde mental. Para os responsáveis da organização, por cada euro investido em tratamentos para a depressão e ansiedade, existe um retorno de quatro euros em melhorias da saúde do paciente e na capacitação para poder trabalhar.