Núncio apostólico em Moçambique destaca a importância histórica da abertura do processo de beatificação e canonização, pelo testemunho cristão dos catequistas
Núncio apostólico em Moçambique destaca a importância histórica da abertura do processo de beatificação e canonização, pelo testemunho cristão dos catequistas No dia 25 de março, pelas 19h00, na Igreja do Centro Catequético do Guiúa, em Moçambique, realizou-se a sessão de abertura do processo de beatificação e canonização dos catequistas mártires do Guiúa. a cerimónia realizou-se durante a peregrinação da diocese de Inhambane ao Santuário de Maria Rainha dos Mártires por ocasião do 25º aniversário do martírio dos catequistas. Na presença do bispo de Inhambane, adriano Langa, e dos membros da Comissão Diocesana de Inquérito para a Causa dos Mártires, o padre Diamantino antunes, postulador da causa, pediu que se desse início ao processo informativo sobre o martírio e fama de martírio da serva de Deus Luisa Mafo e companheiros, catequistas mártires de Guiúa. acolhido o pedido do postulador pelo bispo de Inhambane, procedeu-se à leitura da carta da Congregação da Causa dos Santos, de 22 de outubro de 2016, em que se declara que da parte da Santa Sé não existe nenhum obstáculo para a introdução da causa, e o decreto do bispo de Inhambane, com o qual se introduziu a causa, e se ordena o início do inquérito e se constitui o tribunal. Terminada a leitura, o bispo confirmou a nomeação de todos os membros do tribunal da causa: o juiz delegado (padre Guilherme GonçAlves Costa), o promotor de justiça (padre Jeremias Moisés) e os notários (padres amaral Bernardo e Gemo Matsovele). Todos prestaram o juramento, declarando estar dispostos a realizar as suas tarefas com fidelidade e rigor. Em seguida, o postulador da causa entregou o elenco das testemunhas que se dispõem a dar o seu testemunho sobre a vida e martírio dos catequistas. São 250 testemunhas, entre familiares, conhecidos e sobreviventes do massacre, que irão ser interrogadas nos próximos meses em diferentes sessões pelo Tribunal Diocesano da Causa. Sendo esta uma causa de martírio, deverá ser averiguado se os catequistas foram mortos por ódio à fé cristã ou a alguma das virtudes ligadas à fé. Recorde-se que os 23 catequistas e seus familiares foram mortos em 22 de março de 1992, nos últimos meses da guerra civil que devastou Moçambique, quando estavam para iniciar um curso de formação cristã para catequistas da diocese de Inhambane, no Centro Catequético do Guiúa. No domingo, 26 de março, milhares de peregrinos participaram na Missa solene celebrada no Santuário Diocesano de Maria, Rainha dos Mártires, situado junto do cemitério onde repousam os catequistas mártires. a Eucaristia foi presidida pelo núncio apostólico em Moçambique, Edgar Pena, e concelebrada pelo bispo de Inhambane e por muitos sacerdotes. Na sua homilia, o representante da Santa Sé em Moçambique destacou o testemunho cristão dos catequistas mártires de Guiúa e a importância histórica da abertura do seu processo de beatificação e canonização.