Uma comitiva da etnia guarani-kaiowá está em digressão pelo continente europeu para denunciar a ocupação de terras no Brasil pelas multinacionais e as consequentes violações de direitos humanos
Uma comitiva da etnia guarani-kaiowá está em digressão pelo continente europeu para denunciar a ocupação de terras no Brasil pelas multinacionais e as consequentes violações de direitos humanosO ativista e representante do povo indígena guarani-kaiowá, Ládio Verón, está em viagem pela Europa para denunciar as violações de direitos humanos, repressões e ameaças que sofrem as comunidades indígenas no Brasil. Numa intervenção dirigida aos deputados espanhóis, explicou que as terras ancestrais da sua etnia estão atualmente ocupadas pelos fazendeiros e latifundiários do comércio agrário. Estou na Europa para pedir que se unam à nossa luta e que sejam os observadores desta situação, afirmou Verón, acusando o governo do seu país de estar a aprovar leis relacionadas com a demarcação das terras indígenas que violam a Constituição. Segundo o eurodeputado Xabier Benito, um dos responsáveis pela visita da comitiva indígena, o interesse das multinacionais pelos territórios dos guarani-kaiowá está relacionado com a produção de soja e de energia. Ione Belarra, porta-voz adjunta do partido Unidos Podemos, também manifestou a sua preocupação pelo que acontece no Brasil e recordou que a Europa tem responsabilidades no que está a acontecer, já que grande parte da soja que é produzida nas terras de onde estão a ser expulsos os índios é destinada ao mercado agroalimentar europeu.