Com as mulheres a serem pagas numa média de 23 por cento menos do que os homens, as Nações Unidas lançaram uma rede de alto perfil para exigir a igualdade de remuneração por trabalho de igual valor. Uma agenda que por cá também faz caminho
Com as mulheres a serem pagas numa média de 23 por cento menos do que os homens, as Nações Unidas lançaram uma rede de alto perfil para exigir a igualdade de remuneração por trabalho de igual valor. Uma agenda que por cá também faz caminhoQueremos igualdade de salários, agora, exclamaram a uma só voz a atriz americana Patricia arquette, vencedora de um Óscar da academia, e a estrela de futebol abby Wambach, duas vezes vencedora de medalhas de ouro olímpica, lançando um apelo à assembleia Geral da ONU, na terça-feira, 14 de março, no lançamento da Plataforma de Campeões por um Pagamento Igual. O lançamento da Plataforma – que faz parte da Organização Mundial do Trabalho (OIT) e da Coligação Mundial das Nações Unidas pela Igualdade de Remunerações – coincidiu com o dia de abertura da 61a Comissão sobre o Estatuto das Mulheres, conhecida como o maior fórum intergovernamental dos direitos das mulheres e da igualdade de género. O tema deste ano é sobre o empoderamento económico das mulheres na mudança do mundo do trabalho. a diferença salarial entre homens e mulheres reflete a posição injustificadamente diminuída de muitas mulheres na sociedade e ajuda a mantê-las lá, sublinhou a diretora executiva da ONU para as Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka. Também em Portugal, a disparidade salarial entrou na agenda política. O governo socialista prepara legislação para esta área, que apresentará em sede de concertação social, e o maior partido da oposição, o PSD, também já apresentou uma proposta para combater estas diferenças salariais.