Depois de terem sido alvo de violência em centros de acolhimento, menores vivem nas ruas da cidade espanhola de Melilla e arriscam as suas vidas para tentarem chegar até ao continente europeu

Depois de terem sido alvo de violência em centros de acolhimento, menores vivem nas ruas da cidade espanhola de Melilla e arriscam as suas vidas para tentarem chegar até ao continente europeu
Pelo menos 540 menores estrangeiros não acompanhados vivem na cidade autónoma espanhola de Melilla, na fronteira com Marrocos. Destes, cerca de 100 vivem nas ruas da cidade. Perante o desinteresse institucional, muitos arriscam a vida a tentar entrar como clandestinos nos navios que partem do porto local.

Organizam-se em grupos e saltam as grades que separam a cidade do porto para tentarem esconder-se nos barcos que partem rumo ao continente europeu ou saltam para o mar numa tentativa de chegarem até aos navios que já partiram, relata a agência Fides.

Dados do relatório Rejeição e abandono. Situação das crianças que dormem nas ruas de Melilla, elaborado pela Pontifícia Universidade de Comillas, mostram que no centro de acolhimento La Purìsima encontram-se atualmente 322 jovens e crianças, apesar do número de vagas ser de 180. Tal facto obriga muito menores a dormir no chão.

Outro estudo revela que 92 por cento dos menores que vivem no centro declararam que sofreram violências e que se estão nas ruas é só por uma questão de sobrevivência. apesar da integridade destes menores ser responsabilidade do Departamento para a Providência Social e do centro La Purísima, estes encontram-se em ambientes perigosos à mercê de máfias, pedófilos, abuso de drogas e de álcool.