Relatores especiais das Nações Unidas alertam que os padrões na produção e uso de agrotóxicos são muito diferentes de país para país e pedem práticas agrícolas sustentáveis para defesa da saúde humana
Relatores especiais das Nações Unidas alertam que os padrões na produção e uso de agrotóxicos são muito diferentes de país para país e pedem práticas agrícolas sustentáveis para defesa da saúde humana a exposição aos pesticidas está a causar uma média anual de 200 mil mortes por envenenamento, quase todas em países em desenvolvimento onde as leis ambientais são fracas ou praticamente inexistentes. Para combater este problema, dois relatores especiais da ONU em direitos humanos reclamam a criação de um tratado global para regulamentar e acabar com o uso de pesticidas na agricultura. Segundo Hilal Elver e Baskut Tuncak, o contacto com os agrotóxicos está ligado ao cancro, às doenças de alzheimer e Parkinson, a problemas hormonais, de desenvolvimento e de fertilidade, e afeta sobretudo os agricultores e famílias que moram próximas de plantações, as comunidades indígenas, as grávidas e crianças. Os especialistas alertam ainda que algumas substâncias tóxicas continuam a circular no meio ambiente por décadas, ameaçando cadeias de produção alimentar, e que os pesticidas contaminam solos, água e prejudicam o valor nutricional dos alimentos. Neste sentido, lançam um apelo aos governos, recordando os líderes mundiais que têm a obrigação de proteger a população, em especial as crianças, para os perigos dos envenenamentos acidentais.