as mulheres continuam numa posição subalterna e os negros em posição submissa, fruto da «falta de políticas de igualdade e de inserção», revela um estudo baseado em dados recolhidos entre 1995 e 2015
as mulheres continuam numa posição subalterna e os negros em posição submissa, fruto da «falta de políticas de igualdade e de inserção», revela um estudo baseado em dados recolhidos entre 1995 e 2015O Brasil continua a braços com uma herança histórica de desigualdade social. Um estudo divulgado esta semana conclui que na cadeia da sociedade brasileira o topo mantém-se ocupado pelos homens brancos e a base pelas mulheres negras. Todas as nossas raízes históricas colocaram sempre as mulheres numa posição subalterna e os negros numa posição de subserviência, declarou Natalia Fontoura, uma das autoras da investigação. através da análise à evolução do mercado de trabalho e da educação, no período entre 1995 e 2015, os investigadores do Instituto de Pesquisa Económica aplicada encontraram as maiores diferenças nosetorlaboral, fruto de uma hierarquia estanque, onde o topo é ocupado pelos homens brancos e a base pelas mulheres negras. Na área da escolaridade, a população adulta branca que contava com pelo menos 12 anos de estudo duplicou (de 12,5 por cento para 25,9 por cento), enquanto a negra aumentou quase quatro vezes (de 3,3 por cento para 12 por cento) mas que não esconde que a população negra vai com pelo menos duas décadas de atraso. Mesmo com políticas muito fortes ainda vai demorar muito a superar, porque são questões muitos estruturais da sociedade e vamos demorar décadas para ter um quadro mais positivo, apontou Fontoura.