é verdade que vivemos em tempos difíceis. Mas o Senhor é bondoso e cheio de misericórdia, e os seus braços estão sempre abertos para nos receber com todo o amor
é verdade que vivemos em tempos difíceis. Mas o Senhor é bondoso e cheio de misericórdia, e os seus braços estão sempre abertos para nos receber com todo o amorQuantas vezes ouvimos falar da situação económica do nosso país, dos escândalos dos “offshores”, do comportamento de certos bancos, de empresas em falência, de tanta gente que poucos meios tem para viver e dar vida e educação aos próprios filhos; de idosos que recebem reformas miseráveis que os leva a viver numa penúria e numa solidão perigosa para a sua existência; e de tantas injustiças cometidas contra os mais fracos e com menos poder de defesa por esse mundo além. Muitas sugestões de como resolver tais problemas, e a cepa torta a não se endireitar muito. E, naturalmente, estes problemas são causados pela perda de valores dentro de certas camadas da nossa sociedade. Dizia o historiador romano Tito Lívio da sociedade de Roma dos seus tempos (59 a. C-17 d. C. ): Já não suportamos nem os nossos vícios, nem as curas que deles nos podiam libertar. E agora, pelos ditos, mais uma corrida frenética ao aumento da produção de armas que têm o poder de destruir a humanidade inteira num abrir e fechar de olhos. Tudo isto, e muito mais, é causa de reflexão para o cristão que conhece as leis fundamentais que Deus deu à humanidade para uma coexistência justa na terra. Que nos diz a Palavra de Deus neste primeiro domingo de Quaresma do ano Centenário das aparições da Virgem Maria em Fátima? Logo na primeira leitura vemos o que aconteceu a adão e Eva quando não respeitaram as leis que lhes deu o Senhor Deus. Foram expulsos do paraíso terrestre. Mas imediatamente, na sua misericórdia infinita, Deus promete resolver o problema, afirmando: a descendência da mulher esmagará a cabeça da serpente maligna, o demónio-o que o seu Filho, o Messias, veio fazer à terra. É verdade que vivemos em tempos difíceis. Mas o Senhor é bondoso e cheio de misericórdia, e os seus braços estão sempre abertos para nos receber com todo o amor. Quantas vezes Ele nos repetiu o seu interesse e carinho por nós no Livro da sua Palavra. Em Oseias 11,1, diz Deus a Israel, quer dizer ao seu povo de hoje e a cada um de nós: ainda Israel era pequenino, e já eu o amava; e do Egito o chamei para a terra e a vida que lhe prometi. Estas palavras, Deus di-las ao seu povo de hoje e a cada um de nós: Quando eras pequenino, afinal quando eras, como agora, a menina dos meus olhos, do Egito, quer dizer, do nada, do avariado, das águas turvas te eu chamei, para te colocar no lugar da prosperidade do meu Bem-Querer. E fiz-te crescer, em beleza, em inteligência e em amor Não te esqueças, porque esquecer é quase como morrer! E Ele insiste: Fui eu que te ensinei a caminhar! Quer dizer: Caminha, avança, renova muito a tua vontade de acreditar na minha presença divina em ti, no meu amor por ti (Oseias 11,3). Porque tu és precioso aos meus olhos, e por isso te estimo e te amo! (Isaías 43,4).