Bispos da República Democrática do Congo lamentam as divergências na classe Política e alertam que o país pode entrar «numa desordem incontrolável», se não houver um diálogo franco e construtivo
Bispos da República Democrática do Congo lamentam as divergências na classe Política e alertam que o país pode entrar «numa desordem incontrolável», se não houver um diálogo franco e construtivo Com a falta de consenso entre a maioria e a oposição para a formação de um governo de unidade nacional, como havia ficado estipulado nos acordos de São Silvestre, os bispos da República Democrática do Congo (RDC) temem o pior: O impasse político é preocupante e pode afundar o país numa desordem incontrolável. Num documento divulgado pela agência Fides, os prelados recordam que as eleições para um novo Chefe de Estado já deviam ter-se realizado até dezembro do ano passado, mas as divergências na classe política e as tensões no país têm vindo a prejudicar o processo e podem conduzir a nação à implosão e aos caos. Em causa, segundo os bispos, estarão divergências entre a maioria e a oposição sobre as formas de designação do primeiro-ministro e a distribuição dos ministérios entre as duas forças políticas, um impasse que só pode ser ultrapassado com um diálogo franco, baseado na boa fé e na confiança recíproca. Neste sentido, os prelados pedem aos partidos políticos que se comprometam a aplicar os acordos de São Silvestre; ao Presidente atual e às forças policiais que garantam a segurança; à população que evite dar ouvidos a discursos que fomentam o ódio e à comunidade internacional que acompanhe a RDC nesta difícil transição.