Seminário apoiado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância colocou os responsáveis de várias organizações, nacionais e estrangeiras, a debater o tema e a procurar soluções para lutar contra o fenómeno
Seminário apoiado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância colocou os responsáveis de várias organizações, nacionais e estrangeiras, a debater o tema e a procurar soluções para lutar contra o fenómenoRepresentantes do governo, do setor público e privado e dos parceiros de cooperação, reuniram-se no passado fim de semana na cidade de Pemba, em Moçambique, para debater o matrimónio infantil e as medidas de prevenção. No final, a ministra do Género, Criança e ação Social, Cidália Chaúque, disse ter saído deste encontro a renovação do compromisso para um combate enérgico e inclusivo a este flagelo. as contribuições e recomendações traduzir-se-ão em ações indutoras de mudança de atitudes e comportamentos, e ajudarão a resgatar os valores morais, privilegiando o acesso das crianças aos serviços básicos, em observância aos seus direitos, declarou a governante. Moçambique é o 10º país do mundo com maior taxa de casamentos precoces. Dados do Inquérito Demográfico e de Saúde (IDS), relativos a 2011, estimam que 14 por cento das mulheres com idades entre os 20 e 24 anos casaram antes dos 15 anos, e que 48 por cento contraíram matrimónio antes de completarem 18 anos. Em junho de 2014, o governo lançou uma Campanha Nacional de Prevenção e Combate aos Casamentos Prematuros, que agora deve ganhar novo fôlego. além de constituírem uma violação dos direitos humanos, os matrimónios infantis contribuem para a manutenção da pobreza, para a violência contra as mulheres, para os problemas de saúde reprodutiva e para a desigualdade no acesso às oportunidades.