Nigerianos que tentaram refugiar-se do outro lado da fronteira para escapar à violência extremista foram obrigados a regressar ao seu país. a maioria tinha pedido o estatuto de refugiado
Nigerianos que tentaram refugiar-se do outro lado da fronteira para escapar à violência extremista foram obrigados a regressar ao seu país. a maioria tinha pedido o estatuto de refugiadoUm grupo de mais de 500 nigerianos que entrou no norte dos Camarões para fugir da violência do grupo extremista Boko Haram foi forçado a regressar à Nigéria pelas autoridades camaronesas, informou esta semana o alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR). as famílias viram-se obrigadas a deixar as suas casas devido à ação dos jihadistas, que pretendem estabelecer um califado no norte da Nigéria, a maioria formalizou o pedido de asilo ao governo dos Camarões, mas nem isso impediu a expulsão. Preocupada com a situação, a agência da ONU conta assinar um acordo com os Camarões e a Nigéria, no próximo dia 2 de março, para o regresso voluntário de 85 mil refugiados nigerianos. Entretanto, vai ser pedido às autoridades camaronesas que respeitem as convenções internacionais contra o repatriamento forçado. Estimativas do aCNUR indicam que há mais de 61 mil refugiados nigerianos só no campo de Minawao, no nordeste dos Camarões. a intensificação dos ataques do Boko Haram tem provocado a fuga de milhares de pessoas, residentes nas aldeias ao longo da fronteira entre os dois países.