a intensidade da recessão económica está a influenciar de forma «muito significativa» o aumento dos sentimentos contra a imigração na população europeia, segundo um estudo efetuado em duas dezenas de países
a intensidade da recessão económica está a influenciar de forma «muito significativa» o aumento dos sentimentos contra a imigração na população europeia, segundo um estudo efetuado em duas dezenas de paísesUm estudo ao impacto da crise nas atitudes dos europeus em relação à imigração, realizado em duas dezenas de países, concluiu que há uma relação direta entre a queda do Produto Interno Bruto (PIB) e a mudança de atitude da sociedade perante a entrada nos seus países de mais imigrantes. Nos países onde a recessão foi mais severa foi onde aumentaram as atitudes anti-imigração, enquanto que nos países onde a queda do PIB foi mais moderada não se verificou nenhum aumento de rejeição em relação aos imigrantes, afirma Javier Polavieja, o sociólogo responsável pela investigação. Segundo o investigador espanhol, foi possível ainda concluir que os países que tinham experimentado um crescimento maior na taxa de imigração antes da crise, são os países onde as atitudes anti-imigração se verificaram de forma mais acentuada durante o período de recessão. ao nível micro-económico, e utilizando uma mostra representativa de 35 mil trabalhadores europeus, verificou-se que os empregados menos expostos à concorrência mostraram-se mais favoráveis à imigração, ao contrário dos que se encontram mais vulneráveis à competição no mercado de trabalho. Isto, independentemente do seu grau de formação académica, ideologia política ou religiosa.