Lanço-te um desafio. analisa bem qual é a tua motivação, uma motivação pela qual valha a pena fazeres-te ao caminho, agarra a oportunidade e junta-te a nós como peregrino na 27º Peregrinação Missionária da Consolata a Fátima
Lanço-te um desafio. analisa bem qual é a tua motivação, uma motivação pela qual valha a pena fazeres-te ao caminho, agarra a oportunidade e junta-te a nós como peregrino na 27º Peregrinação Missionária da Consolata a Fátima a cada mês de fevereiro, a Família Missionária da Consolata faz uma peregrinação a Fátima. Vários milhares de amigos e amigas alinham com simpatia, carinho e devoção pela nossa Senhora da Consolata e pelos beatos José allamano e Irene Stefani. Mas, o que é uma peregrinação? Qual é o seu sentido? E tu jovem, o que achas? ainda faz sentido para ti hoje peregrinar? a peregrinação é um ato de devoção com uma motivação que envolve as várias dimensões da vida, de um indivíduo ou de um grupo. É um paradigma da própria vida, longas distâncias, retas e curvas, planos e socalcos, momentos alegres e tristes, de companhia e de solidão, de entusiasmo e de angústia para não mencionar os pés inchados! a peregrinação é, sobretudo, uma oportunidade para sair do quotidiano e refletir sobre a vida. Penso nos milhões de peregrinos que se dirigiram a Fátima nos últimos 100 anos, tanta fé, tanta devoção, tantas motivações. E a tua motivação, qual é?O meu pensamento voa para a Margarida, que conheci em Moçambique. Na falta de um hospital, a missão organizava viagens para levar uns 12 doentes por mês ao Malawi. Tanta gente com cataratas, com bócio, crianças com mãos ou pés tortos ou os lábios leporinos. O hospital ficava a 250 quilómetros mas a peregrinação era de dois dias. Primeiro no jipe da missão até ao lago, umas horas de travessia de barco, e no outro dia muitas horas de viagem num comboio preguiçoso. Mas, os coxos voltavam a caminhar, os cegos voltavam a ver, os doentes voltavam curados verdadeiros milagres. Um dia os catequistas falaram-me de uma senhora que tinha uma Namukwakuasi, a palavra makua para uma ferida que não cura. ao entrar no terreno da sua casa senti um cheiro nauseabundo, a ferida perto do tornozelo tinha um pus esverdeado, que impedia Margarida de sair de casa há mais de um ano. Casada e com filhos, ainda conseguia cozinhar e arrumar o lar, mas imaginem as dores que tinha de suportar. Não foi nada fácil convencê-la a ir ao médico no Malawi, mas depois de várias visitas ela acabou por confiar e aceitou o desafio. Teve de ficar internada mais de um mês, mas por fim curou-se. a vida desta mulher transformou-se radicalmente, voltou a caminhar, ficou capaz de tratar de todos os seus afazeres, até começou a poder sair de casa. Parecia ter rejuvenescido uns 10 anos. Pois bem, reconhecida, a Margarida fazia todos os meses quase 50 quilómetros a pé para me vir entregar uma galinha, um obrigado que não se cansava de repetir zikomo, zikomo. Podemos supor que a Margarida e os seus companheiros de viagem tinham um bom motivo para tal peregrinação, ou seja, a própria saúde. Mas não foi este o argumento que a convenceu a ir ao médico. Foi a família, pois a família precisava dela, tenho que ajudar o meu marido e os meus filhos.com o nosso modo de vida europeu tendemos a pensar primeiro em nós e só depois nos outros. a história da Margarida diz-nos que é nos outros que descobrimos a verdadeira motivação para viver e alcançamos o nosso bem-estar. Neste ano do Centenário das aparições de Fátima temos um peregrino muito especial: o Papa Francisco. E como diz antónio Marto, bispo de Leiria-Fátima, é um motivo de extrema e imensa alegria, porque quando o Papa peregrina, é toda a Igreja que peregrina com ele.