Conselheiro especial das Nações Unidas sobre Prevenção do genocídio afirma que a violência contra a comunidade de minoria rohingya «pode representar um crime contra a humanidade»
Conselheiro especial das Nações Unidas sobre Prevenção do genocídio afirma que a violência contra a comunidade de minoria rohingya «pode representar um crime contra a humanidade» Se as pessoas estão a ser perseguidas com base na sua identidade e mortas, torturadas ou violadas de uma forma generalizada, isso pode representar um crime contra a humanidade, afirmou esta terça-feira, 7 de fevereiro, o conselheiro especial das Nações Unidas sobre Prevenção do Genocídio, adama Dieng, sublinhando que a violência contra a comunidade de minoria Rohingya, em Myanmar, chegou a um nível de crueldade que é revoltante e inaceitável. Segundo Dieng, o relatório divulgado a semana passada pelo agência de Direitos Humanos dá credibilidade às alegações de que as forças de segurança estão a cometer várias violações na região norte do estado de Rakhine. O representante da ONU considera ainda que a comissão indicada pelo governo para investigar as violações não é confiável e, por isso, pede que a investigação seja feita por um grupo realmente imparcial e independente que inclua a participação de observadores internacionais. Os especialistas da agência de Direitos Humanos não tiveram autorização para visitar a área, mas mesmo assim conseguiram vários depoimentos e outras provas através do contato com refugiados que fugiram do país, que apontam para a existência de violações em massa, assassinatos extra-judiciais, inclusive de bebés e crianças, além de espancamentos e desaparecimentos forçados.