a alegada perseguição do governo da ex-Birmânia à população da minoria muçulmana rohingya pode configurar «um crime contra a humanidade», segundo os responsáveis das Nações Unidas
a alegada perseguição do governo da ex-Birmânia à população da minoria muçulmana rohingya pode configurar «um crime contra a humanidade», segundo os responsáveis das Nações Unidas O alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Raad al Husein, acusa o exército de Myanmar (ex-Birmânia) de cometer uma série de atrocidades contra a população rohingya, desde violações em massa até à execução de bebés, no âmbito da alegada perseguição que o governo tem intensificado e que poderá tratar-se de um crime contra a humanidade. Segundo alguns testemunhos recolhidos pela organização da ONU, o exército é responsável por assassinatos de bebés, crianças, mulheres e idosos, disparos indiscriminados contra civis, destruição de povoados inteiros com recurso a fogo posto, detenções em massa, violações e abusos sexuais, e a destruição deliberada de fontes de alimentos. Uma das testemunhas declarou mesmo que o seu filho, de oito meses, foi degolado e a filha, de cinco anos, foi assassinada quanto tentava impedir que violassem a mãe. De acordo com Husein, vive-se uma crueldade devastadora e insuportável nas chamadas zonas para operações de desalojamento rohingya, onde já terão sido mortas centenas de pessoas.