Programa de intervenção inovador já permitiu a reabilitação e reintegração social de mais de duas dezenas de pessoas que não tinham onde viver
Programa de intervenção inovador já permitiu a reabilitação e reintegração social de mais de duas dezenas de pessoas que não tinham onde viverMais de 20 cidadãos sem-abrigo foram retirados das ruas da capital portuguesa nos últimos quatro anos, no âmbito do projeto É uma casa, Lisboa Housing First, uma iniciativa promovida pela associação Crescer que este mês celebra o seu quarto aniversário, um período durante o qual atribuiu casas a sem-abrigo para os ajudar a recuperar as suas vidas.
através deste programa, as pessoas sem-abrigo são integradas em residências tendencialmente individuais, onde contam com o acompanhamento de técnicos que lhes fornecem dicas para gerir uma habitação. É extremamente positivo que 87,5 por cento das pessoas integradas neste modelo, e que se encontravam em situação crónica de sem-abrigo, com uma média de 16 anos de rua, não voltaram a viver na rua graças a este modelo, destacou américo Nave, diretor da associação.
atualmente, o projeto conta com um total de 30 casas arrendadas em toda a zona de Lisboa, proporcionando desta forma a inclusão dos beneficiários e negando a “guetificação” dos sem-abrigo, salientou o responsável. Segundo américo Nave, este modelo apresenta custos próximos dos envolvidos nos abrigos existentes, e em alguns casos consegue ser mais barato, chegando a custar metade do valor das soluções habituais.
Para estender o projeto, a associação Crescer tem batido à porta da sociedade civil e de várias entidades. Contudo, américo Nave realça que a Câmara Municipal de Lisboa já se comprometeu em atingir as 180 casas até ao próximo ano. Defendemos que se deveria atingir as 300 casas e com isto terminar com as situações crónicas de sem abrigo da cidade de Lisboa, disse o responsável, citado pela agência Lusa.