O embaixador das Nações Unidas para o país observou que as eleições recém concluí­das eram um «espelho» para os somalianos, mostrando-lhes o bem e o mal no que diz respeito à forma como o poder é exercido, por políticos, empresas, cidadãos comuns
O embaixador das Nações Unidas para o país observou que as eleições recém concluí­das eram um «espelho» para os somalianos, mostrando-lhes o bem e o mal no que diz respeito à forma como o poder é exercido, por políticos, empresas, cidadãos comunsOs somalianos não gostam de tudo o que viram, menos ainda dos níveis de corrupção e da ausência de instituições que possam garantir a responsabilidade legal e financeira, apontou Michael Keating, representante especial do secretário-geral para a Somália. Num briefing perante o Conselho de Segurança, depois do acompanhamento de um processo eleitoral parlamentar prolongado e da realização de eleições presidenciais, dentro de menos de duas semanas, Michael Keating também apontou a necessidade de combater o aumento da militância do al-Shabaab, que visa interromper o processo eleitoral, como demonstram uma série de ataques recentes. Salientando a importância de que a última etapa do processo eleitoral seja conduzida de forma transparente e de acordo com as regras acordadas, destinadas a garantir eleições livres e justas, o representante especial observou: a eleição de um Presidente que seja aceite como legítimo pela população e pela comunidade internacional prepara o terreno para a Somália enfrentar os graves desafios que se avizinham. Michael Keating, no entanto, acrescentou: Se o voto for visto como comprometido pela corrupção, coerção ou interferência externa, o país poderá enfrentar um prolongado período de incerteza.