a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade assinalou esta segunda feira, dia 16, em Fátima, um encontro no âmbito do seu 36º aniversário. Repensar os desafios destas instituições ligadas à Igreja católica foi o tema
a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade assinalou esta segunda feira, dia 16, em Fátima, um encontro no âmbito do seu 36º aniversário. Repensar os desafios destas instituições ligadas à Igreja católica foi o tema a sustentabilidade das IPSS (Instituições particulares de Solidariedade Social) é grave e preocupante, foi o alerta do padre Lino Maia que ainda destaca o aumento do número de pedidos de ajuda às IPSS. Já em relação aos apoios do Estado, o presidente da CNIS (Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade)diz que não têm diminuído, mas não têm acompanhado a evolução dos custos e das dificuldades das instituições. Lino Maia sublinhou ainda que é prioritário dar mais atenção aos idosos e à deficiência mental. Em relação aos refugiados diz que Portugal está na vanguarda do acolhimento.

a propósito do aniversário da CNIS, são 36 anos em que muitos, e muito bem, se deram a este mundo da solidariedade social, referiu o padre Lino Maia, sublinhando: E estes foram os grandes construtores disto que é inultrapassável e é único a nível da Europa. Em nenhum outro país encontramos tanta gente e tão empenhada na solução dos problemas da comunidade.
a União das IPSS começou com muita gente, hoje é muito mais que está na CNIS, mas o espírito de comunhão mantém-se, disse. Mas também acrescentou: Nota-se, claramente, que toda esta gente sente que a sorte do outro é a própria sorte e não atira para o outro a responsabilidade daquilo que ele próprio pode fazer. E isto é bom, dá-nos força e dá-nos espaço.

a apresentação do resumo do Caderno de Reflexões do Centro de Estudos Sociais, que esteve a cargo de Filomena Bordalo, levou o presidente da CNIS a reforçar o propósito de recusar a diluição do Sector Social Solidário no caldeirão da Economia Social, sublinhando: Temos uma natureza diferente e, por isso, somos diferentes. Não seremos mais importantes, mas somos mais necessários. Nós somos Economia Social Solidária.
O padre Lino Maia referiu ainda que a Direcção já está a preparar a negociação do Protocolo de Cooperação com o Estado, revelando algumas matérias que serão levadas às conversações com o Governo. a negociação será feita numa posição conjunta das três entidades (CNIS, União das Misericórdias Portuguesas e União das Mutualidades Portuguesas).

Em relação às matérias objecto da negociação, o padre Lino Maia referiu, a título de exemplo, os concursos para novos acordos de Cooperação com as IPSS; o FEaC (Fundo Europeu de apoio a Carenciados), em que as instituições vão ser convidadas a distribuir os bens alimentares e contarão com apoio para o fazer; a sustentabilidade e o salário mínimo, lembrando que o impacto do aumento é muito maior nas IPSS do que nas demais entidades patronais; a comparticipação suplementar da Segurança Social; a discriminação positiva das IPSS a apoiar; Portugal 2020; e fiscalização, entre outros. No final do encontro o padre Lino Maia congratulou-se com a iniciativa, pois foi mais um espaço em que a união entre todos foi reforçada.

O presidente da CNIS também exige medidas compensatórias da actualização do salário mínimo nacional, medida que considera justa, mas para a qual, diz, as IPSS não possuem receitas. Se houver um aumento do salário mínimo, que é justo que haja, nós vamos aplicar, mas o problema é que não temos receitas para isso, afirmou o presidente padre Lino Maia, após uma reunião com o PSD, referindo-se à proposta do Governo de actualização da Remuneração Mínima Garantida, dos actuais 530 euros, para 557 euros.como possivelmente o PSD vai votar contra o diploma do acordo obtido em Concertação Social, este vai ser mais um problema bicudo para os responsáveis do CNIS.