Secretário-geral das Nações Unidas está apostado em envolver-se pessoalmente na resolução de alguns conflitos, que são fonte de sofrimento para as populações e uma ameaça à estabilidade regional
Secretário-geral das Nações Unidas está apostado em envolver-se pessoalmente na resolução de alguns conflitos, que são fonte de sofrimento para as populações e uma ameaça à estabilidade regionalEstá claro que o mundo precisa de um aumento da diplomacia para a paz, afirmou esta quinta-feira, 19 de janeiro, o secretário-geral das Nações Unidas, antónio Guterres, numa intervenção no Fórum Económico Mundial, em Davos, onde apresentou a sua visão sobre cooperação para a paz e para o combate às causas das crises globais. Disponível para se envolver pessoalmente para criar as condições para que alguns desses conflitos possam ser resolvidos, Guterres disse ser urgente convencer as partes em conflito que as guerras atuais são guerras que ninguém vence e que se transformam não só numa fonte de sofrimento para a população dos países envolvidos, mas também numa uma ameaça à estabilidade regional. Todos vivem hoje um mundo perigoso, onde se vê a proliferação de novos conflitos, antigos conflitos parecem nunca ter fim e eles estão cada vez mais interligados a novas ameaças, como o terrorismo, adiantou o novo líder da ONU, sublinhando que muitas das guerras resultam de conflitos internos, com sérias violações das leis internacionais humanitária e de direitos humanos. Para o ex-primeiro-ministro português, a prioridade das Nações Unidas deve ser a prevenção, com base em três pilares fundamentais: paz e segurança, desenvolvimento sustentável e direitos humanos. E para que se alcancem estas metas, em particular as propostas pela agenda 2030, é fundamental o envolvimento do setor privado.