Vários grupos de defesa dos direitos das mulheres estão a preparar uma grande manifestação na Índia para exigir uma resposta Política adequada aos abusos sexuais, cada vez mais frequentes no país 
Vários grupos de defesa dos direitos das mulheres estão a preparar uma grande manifestação na Índia para exigir uma resposta Política adequada aos abusos sexuais, cada vez mais frequentes no país No mesmo dia em que se realiza uma marcha em Washington (Estados Unidos da américa) contra o Presidente eleito pelos seus comentários machistas, 21 de janeiro, os grupos de defesa dos direitos das mulheres esperam concentrar milhares de mulheres na Índia, numa manifestação de protesto contra as agressões sexuais, e a ausência de uma resposta política adequada. a ideia de organizar esta concentração de mulheres indianas surge na sequência da onda de agressões sexuais que ocorreu no passado dia 31 de dezembro, na cidade de Bangalore, apesar da forte presença policial nas ruas, e de esta ser uma das metrópoles mais desenvolvidas da Índia. Que uma coisa assim se possa passar numa cidade como Bangalore, num espaço público, é chocante. Podia ter acontecido a qualquer uma de nós, lamentou Elsa Marie Silva, fundadora da organização Safe City, que recolhe informações sobre agressões sexuais e elabora mapas dos locais mais perigosos para as mulheres. Nos últimos anos, os ataques sexuais contra mulheres indianas ganharam mais visibilidade pública depois de, em 2012, um grupo de homens ter violado uma jovem num autocarro de Nova Deli, causando-lhe a morte. Em 2015, as autoridades registaram cerca de 34 mil violações, mas terão sido muito mais porque muitas das vítimas decidem não as denunciar por medo ou vergonha.