Pelo menos oito prisioneiros têm a vida em perigo por estarem em greve de fome nas cadeias iranianas. alguns são ativistas de direitos humanos e contestam a legalidade das suas detenções
Pelo menos oito prisioneiros têm a vida em perigo por estarem em greve de fome nas cadeias iranianas. alguns são ativistas de direitos humanos e contestam a legalidade das suas detenções a relatora especial das Nações Unidas sobre os Direitos Humanos no Irão, asma Jahangir, lançou um alerta esta segunda-feira, 9 de janeiro, para as condições de saúde dos vários prisioneiros que estão em greve de fome no país. Segundo a responsável, há pelo menos oito detidos que têm a vida em perigo. Um dos presos, arash Sadeghi, estava em greve de fome desde outubro e encerrou o protesto após a sua esposa ter pago uma fiança e ter sido libertada da cadeia. apesar da debilidade do seu estado físico, o homem continua na cela e foi proibido de ser transferido para um centro médico, denunciou a relatora, adiantando que o casal foi preso por exercer, de forma pacífica, o seu direito à liberdade de expressão e de associação. ali Shariati, outro dos detidos, está em greve de fome há mais de dois meses e também em condição crítica de saúde. Foi condenado a cinco anos de prisão por participar num protesto pacífico que condenava ataques com ácido contra mulheres iranianas. Para asma Jahangir, aos presos em causa não restam grandes opções, a não ser colocarem as suas vidas em risco para contestar a legalidade da detenção. Por isso, pede ao governo iraniano que liberte de imediato todos os presos que foram detidos de forma arbitrária ou condenados por exercerem os seus direitos à liberdade de opinião e expressão.