Se as tendências atuais de emissão de gases de efeito estufa se mantiverem 99 por cento dos recifes de corais vão sofrer branqueamento severo neste século e perder a capacidade para proteger peixes, animais marinhos e áreas costeiras
Se as tendências atuais de emissão de gases de efeito estufa se mantiverem 99 por cento dos recifes de corais vão sofrer branqueamento severo neste século e perder a capacidade para proteger peixes, animais marinhos e áreas costeirasUm estudo recente apresentado pelo Programa da ONU para o Meio ambiente (PNUMa) revela um futuro preocupante para um dos ecossistemas mais importantes do planeta: os recifes de corais. Devido às alterações climáticas, muitos dos recifes estão a perder a cor e se nada for feito para reduzir os gases de efeitos estufa, 99 por cento dos corais vão passar por branqueamento severo neste século. Segundo as projeções da agência das Nações Unidas, os recifes de Taiwan e das ilhas Turcas e Caicos (no Caribe), serão os primeiros a enfrentar o branqueamento anual. Mais tarde, será a vez dos corais do Barein, Chile e Polinésia Francesa. O estudo mostra ainda que os recifes vão começar a sofrer um branqueamento anual a partir de 2043. Os corais já estão sob ameaça em todo o mundo devido à pesca excessiva e ao turismo e são muito vulneráveis às mudanças climáticas porque são afetados facilmente pelo aquecimento das águas. Quando a temperatura do mar sobe, as algas que dão as cores vibrantes aos corais saem do hospedeiro, fazendo com que os corais fiquem brancos. Sem as algas, os corais correm risco de passar fome e ficam vulneráveis a doenças. ao sofrerem um processo de branqueamento, os corais perdem a capacidade para proteger peixes, animais marinhos e áreas costeiras, e necessitam de cinco anos para recuperar. Entre 2014 e 2016, houve o maior branqueamento já registado, que matou corais numa escala sem precedentes. No ano passado, 90 por cento da Grande Barreira de Corais da austrália sofreu branqueamento e mais de 20 por cento dos recifes da região morreram.