Estudo do Observatório da Natalidade e do Envelhecimento em Portugal revela que quase 70 por cento dos inquiridos não tem qualquer tipo de poupança para a reforma
Estudo do Observatório da Natalidade e do Envelhecimento em Portugal revela que quase 70 por cento dos inquiridos não tem qualquer tipo de poupança para a reformaO Observatório da Natalidade e do Envelhecimento em Portugal divulgou esta quarta-feira, 4 de janeiro, os resultados preliminares de um estudo onde conclui que grande parte dos inquiridos não possui poupanças para a velhice e que pelo menos sete por cento não tem capacidade financeira para comprar os medicamentos prescritos pelos médicos. O inquérito contou com a participação de 1. 335 pessoas com 35 ou mais anos, residentes em Lisboa, Porto, aveiro, Santarém, Castelo Branco, Bragança, Beja, Setúbal e Portimão, e as conclusões surpreenderam o coordenador do projeto. É uma situação preocupante no que toca às questões relacionadas com a sustentabilidade do sistema de providência social em Portugal, admitiu Telmo Vieira, professor no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), em declarações à agência Lusa. Convidados a responder se prestam algum tipo de apoio a pais, filhos, netos ou outros familiares, 59 por cento dos inquiridos disse que não, e 23 por cento, com mais de 65 anos, revelou prestar auxílio no cuidado dos netos. Entre os reformados, 44 por cento admitiram nunca participar em atividades culturais, 27 por cento disseram que nunca viajam e 51 por cento contaram que fazem passeios ao ar livre diariamente.