Perante relatório que aponta para elevado número de homicídios em Trindad e Tobago, o arcebispo da capital refere que «não é possível viver» deste modo, denúncia a violência e sugere alternativas
Perante relatório que aponta para elevado número de homicídios em Trindad e Tobago, o arcebispo da capital refere que «não é possível viver» deste modo, denúncia a violência e sugere alternativasProblemas como a violência, drogas, armas, homicídios e outros dramas sociais na República de Trindad e Tobago preocupam os líderes das Igrejas cristãs locais. Joseph Harris, arcebispo na capital, Port of Spain, indica que há muita raiva no país devido à quantidade excessiva de drogas e armas que circulam facilmente.

Um homicídio já é muito grave, portanto, mais de 400 assassinatos é um facto terrível. Não podemos viver deste modo, disse esta semana o prelado, após a publicação do relatório do The National Joint action Committee, que dá conta dos mais de 400 homicídios e dos mais de 100 mortos em acidentes de trânsito no país.

Parece que Trindad e Tobago está caminhar nas trevas e ainda aguarda para ver a luz de Jesus Cristo, porque há violência diariamente. as Escrituras referem que as pessoas que caminhavam nas trevas viram uma grande luz. Nós, ao invés, ainda estamos na escuridão e não vemos a luz de Jesus Cristo. Tentamos todos os tipos de “ismos”: comunismo, socialismo, capitalismo, mas ninguém nos ajuda no modo de vida. Devemos afastar-nos desses “ismos” e procurar o cristianismo, apelou o arcebispo de Port of Spain.

Perante o facto de este ano as celebrações da vigília de Natal terem mudado de horário, pela primeira vez, devido à insegurança e ao medo das pessoas, Joseph Harris comparou os casos de violência verificados em diferentes partes do mundo. Os homicídios em Trindad e Tobago são tão numerosos e terríveis que podemos superar a situação de aleppo e de Berlim, disse, citado pela agência Fides.

À voz de Joseph Harris somam-se as de Claude Berkley, bispo anglicano, e a de Daniel Teelucksingh, da Igreja presbiteriana. Todos denunciam as problemáticas sociais existentes no país e a espiral de homicídios que atinge aquela comunidade.