Inquérito da Cruz Vermelha indica que a aprovação à tortura subiu, face a uma sondagem idêntica efetuada há mais de 15 anos
Inquérito da Cruz Vermelha indica que a aprovação à tortura subiu, face a uma sondagem idêntica efetuada há mais de 15 anosUma sondagem realizada em vários países, a pedido dos responsáveis pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), mostrou que mais de metade da população inquirida aceita atualmente a ocorrência de tortura durante os conflitos.
Entre as mais de 17 mil pessoas consultadas, apenas 48 por cento condenaram a tortura. Em 1999, numa sondagem idêntica, 66 por cento das pessoas inquiridas rejeitaram a tortura, contra 28 por cento que a aceitaram e seis por cento que não manifestaram opinião.
Perante estes resultados, Peter Maurer, presidente da Cruz Vermelha Internacional, frisa a proibição desta prática, independentemente das circunstâncias. Temos que reafirmar com força uma regra fundamental: a tortura é interdita sob todas as suas formas. Mesmo durante um conflito, todas as pessoas devem ser tratadas com humanidade, disse, citado pela agência France Press.
Este inquérito, o mais vasto levado a cabo a pedido dos responsáveis pela Cruz Vermelha até à atualidade, realizou-se entre os meses de junho e setembro em nove países: Iraque, Nigéria, Sudão do Sul, Estados Unidos da américa, China, Rússia, Reino Unido, França e Suíça.