Os Estados-membros da União Europeia serão criticados no futuro pela gestão que estão a fazer da crise de refugiados, antecipa a Provedora de Justiça Europeia
Os Estados-membros da União Europeia serão criticados no futuro pela gestão que estão a fazer da crise de refugiados, antecipa a Provedora de Justiça Europeia Quando vemos como as pessoas se afogam diante dos nossos olhos, nas nossas praias, os nossos filhos e netos, quando olharem para trás, vão perguntar-nos como o pudemos permitir, afirmou, em Madrid (Espanha), a Provedora de Justiça Europeia, Emily O”Reilly, sublinhando que a história julgará muito duramente os Estados-membros da União Europeia pela forma como estão a gerir a crise de refugiados. Para O”Reilly, o que está a acontecer é uma crise de refugiados e não uma crise migratória, porque são pessoas que fogem da perseguição. Nesse sentido, considera preocupante a repercussão que pode ter a vitória de Donald Trump com as suas mensagens anti-imigração e racistas na Europa, onde estão a “eclodir” líderes populistas contrários ao acolhimento de refugiados. Questionada sobre a transparência das organizações não governamentais (ONG) na União Europeia, a Provedora admitiu que existem conflitos de interesses e alertou para a necessidade destas instituições se inscreverem no registo de transparência e serem submetidas às mesmas regras que qualquer empresa. as ONG devem ser transparentes quanto ao seu financiamento e grupos de pressão como qualquer entidade privada, concluiu.