Os rohingyas que cruzam a fronteira à procura de refúgio no vizinho Bangladesh traçam um cenário de horror, com massacres, torturas e violações coletivas por parte dos soldados birmaneses, no oeste do país
Os rohingyas que cruzam a fronteira à procura de refúgio no vizinho Bangladesh traçam um cenário de horror, com massacres, torturas e violações coletivas por parte dos soldados birmaneses, no oeste do país O representante das Nações Unidas no Bangladesh, John McKissick, manifestou-se preocupado com a aquilo a que chama de uma campanha de limpeza étnica em Myanmar, contra a minoria apátrida dos muçulmanos rohingyas. Milhares de famílias estão a procurar refúgio no país vizinho para fugir à violência. Nas últimas semanas cerca de 30 mil pessoas deixaram as suas casas devidos aos ataques que já causaram dezenas de mortos. Quando cruzaram a fronteira e se encontraram a salvo, fizeram relatos dramáticos de assassinatos, torturas e violações coletivas, por parte dos soldados birmaneses. Para McKissick, estas ações do exército assemelham-se a uma limpeza étnica, acusações prontamente contestadas pelo porta-voz do governo, Zaw Htay. Deviam falar de fatos concretos e verificados, e não fazer acusações, afirmou o responsável.