Grande parte do armamento usado no conflito da República Centro-africana foi comercializado de forma ilí­cita após a crise Política e militar na Costa do Marfim, segundo investigadores independentes
Grande parte do armamento usado no conflito da República Centro-africana foi comercializado de forma ilí­cita após a crise Política e militar na Costa do Marfim, segundo investigadores independentes Uma investigação da organização não governamental Conflit armement Research (CaR) concluiu que o conflito na República Centro-africana (RCa) não tem sido alimentado apenas com as armas roubadas dos depósitos líbios na guerra civil de 2011, mas também pelo tráfico ilícito de armamento fruto de crises político-militares como as do Mali e Costa do Marfim. Os dados recolhidos pela CaR indicam que 20 por cento das metralhadoras Kalashnikov e mais de 35 por cento do mesmo tipo de arma fabricada na China, usadas na RCa, são provenientes da Costa do Marfim. Muito deste armamento permaneceu em circulação após o desmembramento do grupos guerrilheiros que controlavam o nordeste do país. Segundo os investigadores, estes arsenais encontram-se disponíveis nos circuitos ilegais que vão desde a África Ocidental a todo o Sahel. E serão reforçados pelo Sudão, que também tem as suas próprias fábricas de armas e munições, para alimentar a instabilidade na área subsaariana.